quinta-feira, janeiro 05, 2006


Pra começar, depois de tanto tempo, entraram diversos outros títulos na lista (rs).
E eu estou a fim de começar por esse, que é o que eu estou ouvindo agora mesmo.

Ana e Jorge ao vivo

Um super projeto, desses que surge de vez em quando, como Tribalistas, Elis e Tom, entre outros e todo mundo acaba conhecendo de um jeito ou de outro.
Prova de que o povo gosta sim de música boa e não só de "colapsos" ou coisas do tipo.
O show começa com Seu Jorge, depois os dois se juntam (o melhor momento, é claro), Ana fica e, no final, os dois novamente.
Vale ter o CD ou o DVD. Ambos são maravilhosos!
São Gonça, Problema Social e Zé do Caroço emocionam e fazem pensar. Mostram muito do vigor, versatilidade e elegância do maravilhoso Seu Jorge.
Ele fecha sua parte solo com Carolina, seu maior sucesso até hoje, chamando a comparsa. E os dois entoam em seguida essa embolada "Comparsas" e também "O pequenez e o pit bull". O pandeiro comeu bonito!
Em seguida, estou falando do CD, Ana e Jorge reeditam uma música linda de Chico e Djavan, já gravada pelos dois, por Djavan, por Ivete Sangalo e por Zizi Possi (sempre lindamente!) Tanta Saudade vem com um Ié-é tum tum tum que fica grudado no ouvido da gente. Delícia!
É isso aí, versão da Ana Carolina para a música do Damien Rice que deu o tom do filme 'Closer - Perto Demais', é apresentada nesse show. Pra quem gosta do original, demora-se um pouco pra se acostumar, mas logo a gente está cantando e amando a canção. Fato curioso: há uma outra versão para a mesma música, gravada pela Simone, na trilha da novela das 8 da Globo. Acho que uma não sabia da idéia da outra...
Se Pra Rua Me Levar já era linda, com a adição da voz de Seu Jorge então ficou melhor ainda. E Chatterton, que a segue, é o momento mais divertido e "solto" deste registro musical.
Aqui Seu Jorge se retira e Ana desfila com Beatriz, lê Elisa Lucinda, só de sacanagem, canta Tom Zé (Brasil Corrupção) - seu protesto mais do quê justo, declama Mais Que Isso, de Chico César, que pra mim é poesia pura e, claro, canta sucesso também - Garganta.
Jorge Mário volta pra tocar trompete em Vestido Estampado, que também fica lindíssima e depois fecha a festa com O Beat da Beata.
O álbum reúne música boa, diálogos hilários, momentos emocionantes, música de protesto - quem disse que não se faz mais isso? -, versatilidade de ambos os músicos e a vontade de todos que ouvem de estar lá na platéia naquele momento.
Esse fica pra história. E vai ficar tocando aqui em casa um tempão ;-)