quinta-feira, março 30, 2006

As Moiras




As Moiras, divindades da mitologia grega, são três irmãs que dirigem o movimento das esferas celestes, a harmonia do mundo e a sorte dos mortais. Elas presidem o destindo (moira, em grego) e dividem entre si as diversas funções:

Cloto, que significa fiar, tece os fios dos destinos humanos;

Láquesis, que significa sorte, põe o fio no fuso;

Átropos, ou seja, inflexível, corta impiedosamente o fio que mede a vida de cada mortal.

sábado, março 25, 2006

Eu Sou

A paz nos torna serenos quando estamos atentos, valorizando o bem estar e o amor a nós mesmos. Produzimos uma estrutura onde as bases fortalecidas são as possibilidades de crescermos e estarmos constantemente beneficiando-nos deste estado tão desejado e amado que é a serenidade. Da mesma forma que a noite expressa seu sereno em nós, a serenidade se aloja na atitude de sentir antes de expressar, em estar antes de perceber e em dar quando queremos receber. Nossa paz é o ar de que precisamos para viver, sentir e amar. A serenidade é o alento que nos dá a possibilidade de olhar a vida e dizer: "Eu Sou".

(Recebido da querida amiga Zilma Feminella)

quinta-feira, março 23, 2006

Passado, presente e futuro

Os tempos verbais -- passado, presente e futuro -- não são noções do próprio tempo: são conceitos da mente. Aquilo que não está mais diante da mente torna-se o passado. O que se encontra diante dela é o presente. E aquilo que ainda irá apresentar-se à mente, é o futuro.
Passado é aquilo que não está mais à sua frente.
Futuro é aquilo que ainda não está diante de você.
E presente é aquilo que está na sua frente, mas está se evadindo do seu campo visual. Logo será passado... se você não criar apego ao que passou... porque apegar-se ao passado é pura estupidez. Ele não existe mais, de modo que você estará chorando pelo leite derramado. O que passou, passou! E não crie apego ao presente, porque isso está indo embora da mesma maneira, e logo será passado. Não crie apego ao futuro -- esperanças, imaginação, planos para o amanhã -- porque o amanhã será transformado em hoje, será transformado em ontem. Tudo se transformará em passado. Tudo irá escapar-lhe das mãos.
Criar apego trará apenas infelicidade.
É preciso que você deixe passar.

Osho

Obs.: Meio "pirante" esse raciocínio.

terça-feira, março 21, 2006

Ser Igual é Legal




Ser Igual é Legal
(Carlos Careqa e Adriano Sátiro)

Às vezes é bom ser morno
Às vezes é bom ser médio
Por vezes só no contorno
Por vezes só pra remédio

Ter tudo é
Ter tão pouco
É louco pra cachorro
Às vezes quase morro
De tanto querer viver

Gente não precisa ser
Sempre original
Ser igual é legal

Que é o tao do amor
Que é o tao do melhor
Que importância isso tem
Você é Deus também

A existência é sábia
Então faça-se o fácil
ra quer ser complicado
Ser simples é tão bom

Meio é melhor que inteiro
Último nem primeiro
Se é tão bom assim
Pra que chegar ao fim

E ser o supra-sumo
O rei do universo
Pra que ser tão bacana
Tão intelectual

Obs.: Na voz de Cristina Lemos, Suzie Franco e Helena Bel, d'O Tao do Trio e na companhia de bons amigos.

http://www.cliquemusic.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DISCO&Nu_Disco=9716

terça-feira, março 14, 2006

Dia da Poesia / Dia de Glauber Rocha


Indianas se cobrem de pó cor-de-rosa e celebram a chegada da primevera durante Festival das Cores

"Se as cores se misturam pelos campos
É que flores diferentes vivem juntas
E a voz dos ventos na canção de Deus
Responde todas as perguntas"

(Pensamentos, de Roberto e Erasmo)

segunda-feira, março 13, 2006

Texto recebido de um amigo, por e-mail

AMOR

Todos os dias morre um amor.
Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor.
Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina.
Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos.
Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo.
Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.

Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos.
Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os AMORES-FÊNIX. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos. Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. E é esse amor que eu quero viver.... PARA SEMPRE!!