Hoje tomei duas pílulas de cultura bem bacanas.
A primeira se chama Ana Cañas. Ainda não sei muito sobre ela. Tinha alguma coisa sobre ela em alguma newsletter e resolvi procurar o myspace da moça.
É esse que está aqui do lado direito (é só clicar sobre o nome Ana Cañas). A princípio, a impressão que tive é de estar ouvindo novas canções de Céu.
Ouvi as 4 músicas que tem lá e gostei um bocado. Tem também um pequeno documentário, o que só a aproximou do universo da outra revelação da música brasileira.
Não acho nada negativo termos duas cantoras com estilos e vozes bem parecidas, principalmente pelo fato de as duas serem muito boas e criativas, cada uma à sua maneira, apesar de serem parecidas.
O vídeo:
Depois, a partir das 22h00, Terra Estrangeira, na TV Brasil. Filme de Walter Salles e Daniela Thomas, da década de 90, que ganhou alguns prêmios, com Fernanda Torres, Luis Mello, Alexandre Borges, Laura Cardoso e outros.
Uma história louca sobre o filho de uma espanhola que se mudou para o Brasil muitos anos atrás e sonha em voltar pra visitar sua cidade, San Sebastián. A vida dele se cruza com a de uma brasileira que foi pra Lisboa com o namorado, que está envolvido com o contrabando de pedras brasileiras para a Europa.
O filme é todo em P&B e conta a história de uma forma muito bacana. Se passa em 1990 quando rolou aquela palhaçada do confisco das poupanças, no governo do Collor. Até passa o anúncio da medida pela palhaçona Ministra da Economia à época, Zélia Cardoso. Incrível acreditar que aquilo aconteceu! E mais incrível ainda saber que esse cara que enganou o país inteiro continua por aí, na política. Enfim... Fiquei curioso pra saber como foi aquilo pra minha família. Eu tinha 8/9 anos à época, daí não lembro e nunca conversei com meus pais pra saber como foi pra eles. Sei que eles perderam dinheiro, mas não tenho noção do quanto.
Há uma parte em que o português Igor (Luis Mello), diz ao Paco/Franciso Ezaguirre (Fernando Alves Pinto) algo bem interessante (mais ou menos o que segue):
"Estamos a viver o império da mediocridade. Dos congestionamentos para entradas nos shoppings, dos leitores de Sidney Sheldon. É o fim do mundo, Paco. É o fim do mundo"!
Fiquei curioso também sobre o destino do ator Fernando Alves Pinto. Não lembro de tê-lo visto em outros papéis de destaque, e ele me parece muito bom, além de fotografar muito bem (leia-se: bonito na tela). Se não me engano, acho que ele está num clipe do Renato Russo de alguma música gravada por ele em italiano... Vou averigüar isso direito.
O filme ainda cita Vapor Barato em alguns momentos. Ora cantado por Fernanda Torres - que está ótima, pra variar-, ora a melodia soa em uma determinada cena e ainda no final, aparece a versão de Gal gravada na década de 70, se não me engano. Vapor Barato é uma música especial pra mim. Composição de Wally Salomão e Jards Macalé, é uma das minhas músicas favoritas no repertório da cantora Cídia Luize... enfim, quem me conhece, entenderá o que estou querendo dizer ;)
Se alguém tiver relatos sobre o episódios do confisco, opiniões sobre Ana Canãs ou informações sobre o Fernando Alves Pinto, pode deixar aqui, por favor!
sábado, janeiro 19, 2008
quarta-feira, janeiro 09, 2008
Dois pra sempre
(de Lula Queiroga, por Elba Ramalho, 2007)
Sempre em meu coração
Esse desejo bom
Quase maior do que o futuro
Eu sei
Que no mundo existem alguém
Alma parecida
Pra dividir minha vida
Sempre adivinhação
Sempre eu querer saber
Um passo à frente do destino
E eu sei
Vi o amor chegando assim
Coisa tão querida
Muda o sentido da vida
Olho iluminado
Braço arrepiado
Lágrimas caindo sobre o jardim
Quando acontece de ser assim
Dois pra sempre
====================================
Do recente álbum de Elba Ramalho, talvez o melhor de toda a sua carreira, intitulado "Qual o assunto que mais lhe interessa?", essa não é exatamente minha faixa preferida (ou é? ainda não decidi), mas é uma das que mais gosto.
O fato de ter escolhido esta para posta aqui hoje foi um sonho um bocado estranho que tive na noite de ontem para hoje. A situação não vem ao caso, mas ocorre que eu estava escutando esse música (Dois pra sempre) no sonho.
Das poucas composições de Lula Queiroga que conheço, eis mais uma preciosidade!
E como já disse sobre todo o CD, essa faixa é bela, harmoniosa, em todos os sentidos: letra, melodia, interpretação, produção etc.
Me identifico um bocado com o trecho que diz "sempre eu querer saber um passo à frente do destino". Será que eu devo procurar um vidente ou uma cartomante, por mais que isso seja contra os meus princípios, visto que esse povo cobra dos outros por algo que receberam de graça? Me sinto tentado...
Sempre em meu coração
Esse desejo bom
Quase maior do que o futuro
Eu sei
Que no mundo existem alguém
Alma parecida
Pra dividir minha vida
Sempre adivinhação
Sempre eu querer saber
Um passo à frente do destino
E eu sei
Vi o amor chegando assim
Coisa tão querida
Muda o sentido da vida
Olho iluminado
Braço arrepiado
Lágrimas caindo sobre o jardim
Quando acontece de ser assim
Dois pra sempre
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Do recente álbum de Elba Ramalho, talvez o melhor de toda a sua carreira, intitulado "Qual o assunto que mais lhe interessa?", essa não é exatamente minha faixa preferida (ou é? ainda não decidi), mas é uma das que mais gosto.
O fato de ter escolhido esta para posta aqui hoje foi um sonho um bocado estranho que tive na noite de ontem para hoje. A situação não vem ao caso, mas ocorre que eu estava escutando esse música (Dois pra sempre) no sonho.
Das poucas composições de Lula Queiroga que conheço, eis mais uma preciosidade!
E como já disse sobre todo o CD, essa faixa é bela, harmoniosa, em todos os sentidos: letra, melodia, interpretação, produção etc.
Me identifico um bocado com o trecho que diz "sempre eu querer saber um passo à frente do destino". Será que eu devo procurar um vidente ou uma cartomante, por mais que isso seja contra os meus princípios, visto que esse povo cobra dos outros por algo que receberam de graça? Me sinto tentado...
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Let me think about it
(por Ida Corr e Fedd Le Grand)
PUSH PLAY
Já que não estou recebendo visitas ainda, vou aproveitar para experimentar algumas coisas. Vi esse vídeo num site hoje e achei bacaninha. Que acham?
Tem esse outro aqui também, ó:
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Já que não estou recebendo visitas ainda, vou aproveitar para experimentar algumas coisas. Vi esse vídeo num site hoje e achei bacaninha. Que acham?
Tem esse outro aqui também, ó:
quarta-feira, janeiro 02, 2008
Odeon
APERTE O PLAY:
(de Ernesto Nazareth, Vinicius de Moraes e Ubaldo Sciangula, por Fernanda Takai)
Ai quem me dera
O meu chorinho tanto tempo abandonado
E a melancolia que eu sentia
Quando ouvia
Ele fazer tanto chorar
Ai nem me lembro há tanto, tanto
Todo encanto de um passado
Que era lindo, era triste, era bom
Igualzinho a um chorinho chamado Odeon
Terçando flauta e cavaquinho
Meu chorinho se desata
Tira da canção do violão esse bordão
Que me dá vida, que me mata
É só carinho, meu chorinho
Quando pega e chega assim devagarzinho
Meia luz, meia voz, meio tom
Meu chorinho chamado Odeon
Ah vem depressa
Chorinho querido, vem
Mostra da graça que o choro sentido tem
Quanto tempo passou, quanta coisa mudou
Já ninguém chora mais por ninguém
Ah, quem diria que um dia, chorinho meu
Você viria com a graça que o amor lhe deu
Pra dizer não faz mal
Tanto faz, tanto fez
Eu voltei pra chorar com vocês
Chora bastante, o meu chorinho
Teu chorinho de saudade
Diz ao Bandolim pra não tocar tão lindo assim
Porque parece até maldade
Ai meu chorinho, eu só queria
Transformar em realidade a poesia
Ai que lindo, ai que triste, ai que bom
De um chorinho chamado Odeon
Chorinho antigo, chorinho amigo
Eu até hoje ainda percebo essa ilusão
Essa saudade que vai comigo
E até parece aquela prece que sai só do coração
Se eu pudesse recordar e ser criança
Se eu pudesse renovar minha esperança
Se eu pudesse me lembrar como se dança
Esse chorinho que hoje em dia ninguém sabe mais
Chora bastante, meu chorinho
Teu chorinho de saudade
Diz ao Bandolim pra não tocar tão lindo assim
Porque parece até maldade
Ai meu chorinho, eu só queria
Transformar em realidade a poesia
Ai que lindo, ai que triste, ai que bom
De um chorinho chamado Odeon
==============================================
Não estou lá muito inspirado, mas pra não falhar já no segundo dia, venho com o propósito de falar mesmo de música. Ainda no ano passado (é... 2007 já ficou pra trás), foi lançado "Onde Brilhem os Seus Olhos", produzido pro Nelson Motta, o primeiro CD solo de Fernanda Takai, vocalista da banda mineira Pato Fu. O CD é todinho pescado do repertório de Nara Leão. O resultado é uma belíssima novidade, muitíssimo bem-vinda. Jà vi por aí que o álbum foi premiado, teve primeira tiragem esgotada, enfim, vale a pena mesmo conhecer.
Por essa versão totalmente repaginada de Odeon, que ficou deliciosa, já dá pra ter uma idéia!
É isso... e até amanhã!
Obrigado pelo recado, amigo Linconl. Estou esperando mais visitas, meu povo!
P.S.: Rodei meio mundo pra descobrir a autoria correta da música. Quer dizer, espero que esteja correta. Confio no Noblat ;)
7 Odeon.mp3 |
(de Ernesto Nazareth, Vinicius de Moraes e Ubaldo Sciangula, por Fernanda Takai)
Ai quem me dera
O meu chorinho tanto tempo abandonado
E a melancolia que eu sentia
Quando ouvia
Ele fazer tanto chorar
Ai nem me lembro há tanto, tanto
Todo encanto de um passado
Que era lindo, era triste, era bom
Igualzinho a um chorinho chamado Odeon
Terçando flauta e cavaquinho
Meu chorinho se desata
Tira da canção do violão esse bordão
Que me dá vida, que me mata
É só carinho, meu chorinho
Quando pega e chega assim devagarzinho
Meia luz, meia voz, meio tom
Meu chorinho chamado Odeon
Ah vem depressa
Chorinho querido, vem
Mostra da graça que o choro sentido tem
Quanto tempo passou, quanta coisa mudou
Já ninguém chora mais por ninguém
Ah, quem diria que um dia, chorinho meu
Você viria com a graça que o amor lhe deu
Pra dizer não faz mal
Tanto faz, tanto fez
Eu voltei pra chorar com vocês
Chora bastante, o meu chorinho
Teu chorinho de saudade
Diz ao Bandolim pra não tocar tão lindo assim
Porque parece até maldade
Ai meu chorinho, eu só queria
Transformar em realidade a poesia
Ai que lindo, ai que triste, ai que bom
De um chorinho chamado Odeon
Chorinho antigo, chorinho amigo
Eu até hoje ainda percebo essa ilusão
Essa saudade que vai comigo
E até parece aquela prece que sai só do coração
Se eu pudesse recordar e ser criança
Se eu pudesse renovar minha esperança
Se eu pudesse me lembrar como se dança
Esse chorinho que hoje em dia ninguém sabe mais
Chora bastante, meu chorinho
Teu chorinho de saudade
Diz ao Bandolim pra não tocar tão lindo assim
Porque parece até maldade
Ai meu chorinho, eu só queria
Transformar em realidade a poesia
Ai que lindo, ai que triste, ai que bom
De um chorinho chamado Odeon
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Não estou lá muito inspirado, mas pra não falhar já no segundo dia, venho com o propósito de falar mesmo de música. Ainda no ano passado (é... 2007 já ficou pra trás), foi lançado "Onde Brilhem os Seus Olhos", produzido pro Nelson Motta, o primeiro CD solo de Fernanda Takai, vocalista da banda mineira Pato Fu. O CD é todinho pescado do repertório de Nara Leão. O resultado é uma belíssima novidade, muitíssimo bem-vinda. Jà vi por aí que o álbum foi premiado, teve primeira tiragem esgotada, enfim, vale a pena mesmo conhecer.
Por essa versão totalmente repaginada de Odeon, que ficou deliciosa, já dá pra ter uma idéia!
É isso... e até amanhã!
Obrigado pelo recado, amigo Linconl. Estou esperando mais visitas, meu povo!
P.S.: Rodei meio mundo pra descobrir a autoria correta da música. Quer dizer, espero que esteja correta. Confio no Noblat ;)
terça-feira, janeiro 01, 2008
Pode Entrar
(de Walter Queiroz, por Fafá de Belém)
A casa escancarada
A lua ali
Meu cachorro nunca morde
Meu quintal tem sapoti
Tem um roseiral crescendo lindo
Quem for louco ou for poeta
Pode entrar. Seja bem vindo!
Aqui passa o bonde da Lapinha
Passa a filha da rainha
Passa um disco voador
Às vezes ele gira, pára e pisca
Como quem quase se arrisca
A parar pra conversar
Mas não me sinto só
Tenho um vizinho
Que é um bêbado velhinho
Que acredita no destino
Ele mora em cima do arvoredo
Ele tem muitos brinquedos
Ele sempre foi menino
Agora se vocês me dão licença
Eu vou ver um passarinho
Que me chama no quintal
Depois vou me deitar para sonhar
E dançar com a cigana
Que eu perdi no carnaval
-----------------------------------
Tive a idéia de usar esse blog da seguinte forma, a partir de hoje, se possível com atualizações mais freqüentes (talvez diárias):
Já que eu respiro música mesmo, como sabem aqueles que me conhecem, cada postagem terá uma música - seja a letra, o vídeo dela no youtube, o áudio de algum outro lugar - e alguma coisinha que me ocorra dizer relacionado a esta música.
Hoje, pra começar esse ano, que pretendo que seja um ano marcante em minha vida (no bom sentido), fica essa bela canção, que no momento estou vendo repetidamente, no DVD Fafá de Belém Ao Vivo. É bela, suave, singela e me dá uma sensação deliciosa. É a que mais gosto do DVD e provavelmente de tudo que Fafá já gravou - e olha que não é pouca coisa dela que gosto.
É isso! 2008 está aí, com toda a sua graça, todo o seu encanto. Pode entrar... Seja bem-vindo!
A casa escancarada
A lua ali
Meu cachorro nunca morde
Meu quintal tem sapoti
Tem um roseiral crescendo lindo
Quem for louco ou for poeta
Pode entrar. Seja bem vindo!
Aqui passa o bonde da Lapinha
Passa a filha da rainha
Passa um disco voador
Às vezes ele gira, pára e pisca
Como quem quase se arrisca
A parar pra conversar
Mas não me sinto só
Tenho um vizinho
Que é um bêbado velhinho
Que acredita no destino
Ele mora em cima do arvoredo
Ele tem muitos brinquedos
Ele sempre foi menino
Agora se vocês me dão licença
Eu vou ver um passarinho
Que me chama no quintal
Depois vou me deitar para sonhar
E dançar com a cigana
Que eu perdi no carnaval
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Tive a idéia de usar esse blog da seguinte forma, a partir de hoje, se possível com atualizações mais freqüentes (talvez diárias):
Já que eu respiro música mesmo, como sabem aqueles que me conhecem, cada postagem terá uma música - seja a letra, o vídeo dela no youtube, o áudio de algum outro lugar - e alguma coisinha que me ocorra dizer relacionado a esta música.
Hoje, pra começar esse ano, que pretendo que seja um ano marcante em minha vida (no bom sentido), fica essa bela canção, que no momento estou vendo repetidamente, no DVD Fafá de Belém Ao Vivo. É bela, suave, singela e me dá uma sensação deliciosa. É a que mais gosto do DVD e provavelmente de tudo que Fafá já gravou - e olha que não é pouca coisa dela que gosto.
É isso! 2008 está aí, com toda a sua graça, todo o seu encanto. Pode entrar... Seja bem-vindo!
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