terça-feira, novembro 07, 2006

Bom ou ruim?

Projeto quer controlar acesso à internet

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado votará, na próxima quarta-feira, um projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
A pena para o acesso sem identificação prévia seria reclusão de dois a quatro anos. Os provedores ficariam responsáveis pela veracidade dos dados cadastrais dos usuários e seriam sujeitos à mesma pena se permitissem o acesso de usuários não-cadastrados.
O cadastro deve conter nome, endereço, número de telefone, da carteira de identidade e do CPF. As companhias provedoras de acesso à internet teriam de confirmar a veracidade das informações. O acesso só seria liberado após o provedor confirmar a identidade do usuário.

Fonte: http://empresas.globo.com/Empresasenegocios/0,19125,ERA1339872-2920,00.html

-> A priori, me parece ser um retrocesso. Ao mesmo tempo, parece ser uma boa idéia. Enfim, acho que precisaria ser debatido com os usuários antes da decisão final. Que acham?

quarta-feira, novembro 01, 2006

Droga! Me apaixonei...

Mundo

E eis que naquele dia a folhinha marcava uma data em caracteres desconhecidos,
Uma data ilegível e maravilhosa.

Quem viria bater à minha porta?

Ai, agora era um outro dançar, outros os sonhos e incertezas,
Outro amar sob estranhos zodíacos...

E o terror de construir mitologias novas!

[Mario Quintana; Aprendiz de Feiticeiro, 1950]

FONTE: http://quintanares.blogspot.com/

(Porque eu me apaixonei por alguém que gosta de Quintana... Se não der em nada, pelo menos está sendo bom redescobrí-lo)

sexta-feira, outubro 13, 2006

Horóscopo Chinês

Galo

Você é uma pessoa alegre, humorada, precisa, organizada, decidida, confiante e previdente. Mas também é agressivo, apressado e nômade.
Este ainda é um ano de esforços. Aproveite isso e muitas coisas boas vão acontecer: ascensão, ajuda de outras pessoas, encontros amorosos ou um casamento para quem esperou muito. Contudo, muitos aborrecimentos são inevitáveis.
As energias do ano, principalmente no segundo semestre, não te favorecem com força total. Manter-se rígido nos seus pontos de vista pode estragar a festa. Controle sua tendência dogmática. Sua grande imaginação aliada ao seu perfeccionismo o leva a sair um pouco da realidade às vezes. Você penetra num mundo só seu, do qual não fazem parte as fragilidades humanas.
Se você nasceu nos anos de 1957, 1969, 1981 ou 1993, terá de contar mais com seus próprios esforços do que com a sorte. Saiba que o mundo é um pouco mais amplo do que você imagina. Aceite o fato de que as outras pessoas têm contribuições importantes a dar para a resolução dos problemas. Se você nasceu em 1933 ou 1945, aproveite o primeiro semestre que a maré está para peixe.
Você terá boa sorte aproximando-se de pessoas dos signos de Dragão, Serpente e Boi.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Praticidade é tudo nessa vida!

Interrompi as conversas de todos, sem alarde, olhei para o recém-conhecido, do outro lado da mesa, que chamou minha atenção durante aquele "happy hour", e disse:

- Sabe que eu gostei do seu jeito?
- Também gostei do seu.
- Você é prático, como eu.
- Praticidade é tudo nessa vida!
- E a gente tem gostos parecidos também. Acho que poderíamos nos casar...
- É uma idéia interessante.
- Anote meu telefone. Tenho que ir agora, mais tarde você me liga para acertamos os detalhes.
- Fechado.
- Até breve!
- Até!

sexta-feira, agosto 18, 2006

As pessoas do metrô, por Keli Vasconcelos (*)

(extraído do portal Comunique-se, seção Literário - http://www.comunique-se.com.br)

O sol se eleva e as catracas se ligam. Mal o Astro tinge de amarelo e vermelho o céu para a despedida das estrelas teimosas e os guichês já se enchem numa fila de pessoas.

A grande centopéia de aço suspendida por forças eletromagnéticas escancara as portas para a entrada de milhares de seres. Eis o palco para o espetáculo das pessoas do metrô.

Andam apressadas, atrasadas ou não. Sempre em ritmo frenético como o compasso do metrô, que vai além do “café-com-pão” do trem.

Em cada estação novos personagens entram na cena urbana. A mulher de meia-idade, cheia de sacolas reclama das condições que vivemos. O casal que senta nos bancos distantes como fosse uma imposição para se isolar. Acomoda-se tão distante que a troca de olhares se torna constante, as mãos trêmulas enraízam como as linhas do metrô e selam com um beijo a triste despedida.

Ah, como são astutas as pessoas do metrô... Encontram no emaranhado da lotação um diminuto espaço para se alojar.

– Posso segurar sua sacola, senhora?

As mãos afagam os pertences levados para que outras mãos possam apoiar-se no esqueleto metálico durante a viagem. É o itinerário das pessoas do metrô.

Caminhada longínqua, barulho ensurdecedor. Caminho de trevas que ultrapassa o chavão da vã “luz do fim do túnel”. Somente no final do destino surge a claridade.

Aquele que está do lado de fora observa a chegada do monumento ambulante. Entretanto, a espera vem de forma inabalável, compassiva, intensa como a grega histeria. Ah, pessoas do metrô... Pensam que a eternidade entre perder e adentrar a carruagem no limbo da pressa dura apenas dois minutos. Lentos para uns, expressos para os admiradores.

Para os que são permitidos desembolsar o caro ingresso não se perde uma sessão. A não ser estejam em busca de um motivo, que faça sair do seio do respectivo lar e se aventurar na alucinante jornada ao metrô. Tão intensa ou já mecanizada pela gélida sistemática chamada “rotina”.

Como são únicas as pessoas do metrô. Vão espremidas em suas solidões. Os mesmos olhares distantes, turvos, cegos de seus dilemas dos quais são interrompidos do transe pelo ousado vendedor de guloseimas. Arrisca por trocados o direito de navegar neste imponente sem ser pego pelos seguranças. Mãos ágeis quanto às passadas do gigante que não deixa pegadas.

A cada destino, personagens novos, atuantes e privilegiados como os senhores e senhoras que possuem assentos à altura de suas cores – nem sempre respeitados, convenhamos, mas atuantes. Jovens entulhados de cadernos e os bebês, com aquelas expressões de curiosidade e alegres em desfrutar do brinquedo articulado, ou assustadas ao depararem com o mesmo. Mulheres e homens presos à leitura ou a contemplar a paisagem abolida nos parcos momentos sem a companheira escuridão.

Solitário, o vento preso na redoma do coração férreo, pulsado pelo maquinista compenetrado em domar o dragão desconhecido em direção a São Jorge.

O sol se despede e a lua consegue se destacar na atmosfera calejada pela poluição. Termina-se a exaustiva batalha diária e as catracas se desligam. O monstro adormece a insônia breve, pois logo terá de se levantar para mais um espetáculo.

É assim a vida no metrô.

(*) Keli Vasconcelos é jornalista nativa de São Paulo - Capital. Já atuou em rádio, assessoria de imprensa, editora e revistas. Faz trabalhos como freelancer e está sempre na incansável e apaixonante luta por oportunidades.

quinta-feira, agosto 17, 2006

20 Dicas para o Sucesso


Espero que consigam ler. Peguei no mural do curso que estou fazendo no Sebrae (http://educacao.sebrae.com.br/), D'OLHO na Qualidade.
Obrigado ao tutor Paulo Queija!

quarta-feira, agosto 16, 2006

Muita informação!

Eu quero este livro do Marcos Losekann, primeiro da trilogia Entrevista com Deus.
Quem vai me dar de presente? (rs)
O Losekann é aquele correspondente da Globo no Oriente Médio. Lembra?

Estava refletindo hoje quando saía de casa... Assunto batidíssimo, mas não custa colocar na roda, pra gente discutir.
Como é que a gente consegue lidar com tanta informação a que estamos expostos e em que estamos mergulhados, hoje em dia?
São trocentos títulos de revistas semanais, quinzenais, mensais, bimestrais, especiais, uma fila interminável de livros pra ler - que geralmente não anda... -, programas, filmes, seriados, documentários, jornais, novelas para assistir, CDs novos e antigos para ouvir.Eu não dou conta! É mesmo muita informação!
Estava tentando ler O Evangelho Segundo o Espiritismo semana passada. Não consegui me concentrar nele, daí resolvi começar a ler Era dos Extremos, de Hobsbawn hoje, que é imenso, mas Raimundo, do sebo onde comprei, lá em Conquista, disse que é um livro recomendadíssimo e eu já tinha mesmo ouvido muito falar nele.
Será que vou conseguir ler até o final?
Quando estava andando da rodoviária até o prédio onde trabalho me deu vontade de ouvir uma música do CD Hoje, de Gal Costa. A música se chama "Pra quê cantar".
Mas onde foi que eu coloquei o CD-R onde esse álbum, que baixei pela internet, está gravado? São tantos!
Recebo um e-mail falando de um documentário bacana que conta a história do Afroreggae, chamado Favela Rising, produzido fora do país e já premiado. Verifico que está passando na Academia de Tênis, aqui em Brasília. Mas quando terei tempo de ir lá? E quem vai me dar carona? Porque não existe ir à Academia de Tênis de ônibus.
Já falei aqui que pobre não é gente em Brasília?
Ai, gente! Eu vou pirar!
Não sei se continuo minha graduação ou aproveito que estou me formando num curso superior a distância no mês que vem e tento uma pós no próximo ano.
Acho que eu preciso de orientação psicológica, vocacional, sentimental, espiritual, intelectual, comportamental etc e o "escambau"... ops! A propósito... como se escreve "escambau" ou "escambal" - essa palavra realmente existe?
Vamos recorrer à bíblia da igreja Googleana agora!

Ok, o Google não conhece essa palavra.... (humpf)

Acho que estou ferrado! É tanta informação que eu não consigo encontrar o que quero nem definir pra onde quero ir.

terça-feira, agosto 15, 2006

Dia do Solteiro

Minha agenda diz que hoje é Dia do Solteiro.
Não sei pra que raios criaram um dia comemorativo para isso... mas enfim, no próximo ano espero não precisar lembrar disso e nem me encontrar mais nessa categoria.
Eu sei que é possível ser feliz sendo solteiro, mas é muito mais legal dividir os momentos alegres e tristes, as conquistas e as derrotas, as dores e os prazeres, com alguém.
Alguém que pode ser aquela pessoa que você vê no metrô quase todos os dias, fazendo o mesmo caminho que você. Que possa compartilhar de pequenos momentos, de alguns instantes por dia, que mesmo curtos podem ser intensos.
Acho mesmo estranho que não surja alguém, porque sou pouco exigente...
Ok, é preciso dizer que já surgiu alguém, mas está distante e deixa de preencher essa "demanda" pelos momentos juntos.
Isso aqui está ficando mesmo bem pessoal agora...

Obrigado pelas visitas e pelos comentários.

Ah! A propósito, quem viu o debate dos candidatos à presidência na Band ontem?
Já estou quase determinado a votar na Heloísa Helena. Tenho grande admiração por ela e começo a perceber que ela teria a mesma capacidade para governar esse país que Lula tinha 4 anos atrás. Então, por que não acreditar mais uma vez que é possível mudar? O Cristóvam Buarque fala em revolução pela educação. Bacana! Mas ele não tem nem um pingo da atitude revolucionária da candidata do P-SOL. O que vocês acham?

domingo, agosto 06, 2006

Após algum tempo de sumiço... RECOMENDAÇÕES

Três filmes que assisti de quinta-feira até hoje, adorei e recomendo!

1) Zuzu Angel

De Sérgio Rezende. Brasil, 2006. 103 min.
Site oficial: http://www.zuzuangelofilme.com.br/

Zuzu Angel, uma estilista de sucesso que projetou a moda brasileira no mundo. Zuzu Angel, uma mãe quer travou uma luta contra tudo e todos na busca pelo seu filho Stuart. Os anos 70 viram o mundo de pernas para o ar. No Brasil, a carreira de Zuzu Angel (Patrícia Pillar) como estilista começa a deslanchar enquanto seu filho Stuart (Daniel de Oliveira) ingressa no movimento estudantil, contrário à ditadura militar então virgente no país. Stuart é preso, torturado e assassinado pelos agentes do Centro de informações de Aeronáutica, sendo dado como desaparecido político. Inicia-se então o périplo de Zuzu, denunciando as torturas e morte de seu filho. Suas manifestações ecoaram no Brasil, no exterior e em sua moda.
Um filme para ser visto e comentado por todos! Quero mesmo que seja sucesso de bilheteria. Não só porque torço muito pro cinema nacional. Mas porque quero que as pessoas se conscientizem do seu papel político nesse mundo. Nós podemos fazer uma grandiosíssima revolução silenciosa nesse país!



2) Um Toque de Rosa (Touch of Pink)

De Ian Iqbal Rashid. Canadá/Inglaterra, 2004. 91 min.
Site oficial: www.sonyclassics.com/touchofpink

Alim é um canadense de origem mulçumana que vai morar em Londres para esconder sua orientação sexual da família. Até aí, nenhuma novidade aparente - mas Touch of Pink surpreende com um roteiro criativo e um elenco competente e cativante. O roteirista e diretor Ian Iqbal Rashid inspirou-se nas comédias românticas de Hollywood estreladas por Doris Day e Rock Hudson e criou um filme gay leve e romântico, embalado por uma trilha sonora que lembra os anos dourados do cinema americano. O destaque fica por conta do charmoso Kyle MacLachlan (dos seriados Twin Peaks e Sex and The City), que interpreta o espírito de Cary Grant, galã gay morto em 1986 e que é até hoje um dos maiores ícones do cinema.Para todos, uma visão doce e bela da questão. É se despir de todo e qualquer preconceito e adorar! A trilha sonora é uma delícia!


3) Jornada da Alma (Prendimi L'Anima)

De Roberto Faenza. França, 2003. 89 min.
Site oficial: www.medusa.it/prendimilanima

Em 1905 Sabina Spielrein (Emilia Fox), uma jovem russa de 19 anos que sofre de histeria, recebe tratamento em um hospital psiquiátrico de Zurique, na Suíça. Seu médico, o jovem Carl Gustav Jung (Iain Glen), aproveita o caso para aplicar pela primeira vez as teorias do mestre Sigmund Freud. A cura de Sabina vem acompanhada de um relacionamento amoroso com Jung. Após alguns anos ela volta à Rússia, tornando-se também psicanalista e montando a primeira creche que usa noções de psicanálise para crianças. Década após sua morte, ela tem sua trajetória resgatada por dois pesquisadores.Spielrein quer dizer JOGO LIMPO e a abordagem Junguiana que tem íntima relação com a simbologia é expressa pela alma de Jung concretizada numa pedra, de onde sai o nome do filme, em inglês, The Soul Keeper. Sabina torna-se a Guardiã da Alma de Jung.Belíssimo!

quarta-feira, abril 19, 2006

Todo dia era dia de Índio


Curumim chama cunhatã que eu vou contar
Antes que os homens aqui pisassem
Nas ricas e férteis terraes brazilis
Que eram povoadas e amadas
Amadas por milhões de índios
Reais donos felizes
Da terra do pau Brasil
Pois todo dia e toda hora era dia de índio
Mas agora eles só têm um dia
Um dia dezenove de abril
Amantes da pureza e da natureza
Eles são de verdade incapazes
De maltratarem as femeas
Ou de poluir o rio, o céu e o mar
Protegendo o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora pois na sua história
O índio é o exemplo mais puro
Mais perfeito mais belo
Junto da harmonia da fraternidade
E da alegria, da alegria de viver
Da alegria de amar
Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente
Todo dia era dia de índio!
(Jorge Ben Jor)

quinta-feira, março 30, 2006

As Moiras




As Moiras, divindades da mitologia grega, são três irmãs que dirigem o movimento das esferas celestes, a harmonia do mundo e a sorte dos mortais. Elas presidem o destindo (moira, em grego) e dividem entre si as diversas funções:

Cloto, que significa fiar, tece os fios dos destinos humanos;

Láquesis, que significa sorte, põe o fio no fuso;

Átropos, ou seja, inflexível, corta impiedosamente o fio que mede a vida de cada mortal.

sábado, março 25, 2006

Eu Sou

A paz nos torna serenos quando estamos atentos, valorizando o bem estar e o amor a nós mesmos. Produzimos uma estrutura onde as bases fortalecidas são as possibilidades de crescermos e estarmos constantemente beneficiando-nos deste estado tão desejado e amado que é a serenidade. Da mesma forma que a noite expressa seu sereno em nós, a serenidade se aloja na atitude de sentir antes de expressar, em estar antes de perceber e em dar quando queremos receber. Nossa paz é o ar de que precisamos para viver, sentir e amar. A serenidade é o alento que nos dá a possibilidade de olhar a vida e dizer: "Eu Sou".

(Recebido da querida amiga Zilma Feminella)

quinta-feira, março 23, 2006

Passado, presente e futuro

Os tempos verbais -- passado, presente e futuro -- não são noções do próprio tempo: são conceitos da mente. Aquilo que não está mais diante da mente torna-se o passado. O que se encontra diante dela é o presente. E aquilo que ainda irá apresentar-se à mente, é o futuro.
Passado é aquilo que não está mais à sua frente.
Futuro é aquilo que ainda não está diante de você.
E presente é aquilo que está na sua frente, mas está se evadindo do seu campo visual. Logo será passado... se você não criar apego ao que passou... porque apegar-se ao passado é pura estupidez. Ele não existe mais, de modo que você estará chorando pelo leite derramado. O que passou, passou! E não crie apego ao presente, porque isso está indo embora da mesma maneira, e logo será passado. Não crie apego ao futuro -- esperanças, imaginação, planos para o amanhã -- porque o amanhã será transformado em hoje, será transformado em ontem. Tudo se transformará em passado. Tudo irá escapar-lhe das mãos.
Criar apego trará apenas infelicidade.
É preciso que você deixe passar.

Osho

Obs.: Meio "pirante" esse raciocínio.

terça-feira, março 21, 2006

Ser Igual é Legal




Ser Igual é Legal
(Carlos Careqa e Adriano Sátiro)

Às vezes é bom ser morno
Às vezes é bom ser médio
Por vezes só no contorno
Por vezes só pra remédio

Ter tudo é
Ter tão pouco
É louco pra cachorro
Às vezes quase morro
De tanto querer viver

Gente não precisa ser
Sempre original
Ser igual é legal

Que é o tao do amor
Que é o tao do melhor
Que importância isso tem
Você é Deus também

A existência é sábia
Então faça-se o fácil
ra quer ser complicado
Ser simples é tão bom

Meio é melhor que inteiro
Último nem primeiro
Se é tão bom assim
Pra que chegar ao fim

E ser o supra-sumo
O rei do universo
Pra que ser tão bacana
Tão intelectual

Obs.: Na voz de Cristina Lemos, Suzie Franco e Helena Bel, d'O Tao do Trio e na companhia de bons amigos.

http://www.cliquemusic.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DISCO&Nu_Disco=9716

terça-feira, março 14, 2006

Dia da Poesia / Dia de Glauber Rocha


Indianas se cobrem de pó cor-de-rosa e celebram a chegada da primevera durante Festival das Cores

"Se as cores se misturam pelos campos
É que flores diferentes vivem juntas
E a voz dos ventos na canção de Deus
Responde todas as perguntas"

(Pensamentos, de Roberto e Erasmo)

segunda-feira, março 13, 2006

Texto recebido de um amigo, por e-mail

AMOR

Todos os dias morre um amor.
Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor.
Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina.
Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos.
Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo.
Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.

Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos.
Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os AMORES-FÊNIX. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos. Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. E é esse amor que eu quero viver.... PARA SEMPRE!!

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

O Segredo de Brokeback Mountain


Um ótimo filme!

Vale a pena ser visto e comentado e recomendado. Parece que o cinema norte-americano, ou melhor o cinema mundial está se tornando um pouco mais consciente do seu papel.

Vou tentar escrever uma pequena resenha. Caso consiga, retornarei para postar.

quinta-feira, janeiro 05, 2006


Pra começar, depois de tanto tempo, entraram diversos outros títulos na lista (rs).
E eu estou a fim de começar por esse, que é o que eu estou ouvindo agora mesmo.

Ana e Jorge ao vivo

Um super projeto, desses que surge de vez em quando, como Tribalistas, Elis e Tom, entre outros e todo mundo acaba conhecendo de um jeito ou de outro.
Prova de que o povo gosta sim de música boa e não só de "colapsos" ou coisas do tipo.
O show começa com Seu Jorge, depois os dois se juntam (o melhor momento, é claro), Ana fica e, no final, os dois novamente.
Vale ter o CD ou o DVD. Ambos são maravilhosos!
São Gonça, Problema Social e Zé do Caroço emocionam e fazem pensar. Mostram muito do vigor, versatilidade e elegância do maravilhoso Seu Jorge.
Ele fecha sua parte solo com Carolina, seu maior sucesso até hoje, chamando a comparsa. E os dois entoam em seguida essa embolada "Comparsas" e também "O pequenez e o pit bull". O pandeiro comeu bonito!
Em seguida, estou falando do CD, Ana e Jorge reeditam uma música linda de Chico e Djavan, já gravada pelos dois, por Djavan, por Ivete Sangalo e por Zizi Possi (sempre lindamente!) Tanta Saudade vem com um Ié-é tum tum tum que fica grudado no ouvido da gente. Delícia!
É isso aí, versão da Ana Carolina para a música do Damien Rice que deu o tom do filme 'Closer - Perto Demais', é apresentada nesse show. Pra quem gosta do original, demora-se um pouco pra se acostumar, mas logo a gente está cantando e amando a canção. Fato curioso: há uma outra versão para a mesma música, gravada pela Simone, na trilha da novela das 8 da Globo. Acho que uma não sabia da idéia da outra...
Se Pra Rua Me Levar já era linda, com a adição da voz de Seu Jorge então ficou melhor ainda. E Chatterton, que a segue, é o momento mais divertido e "solto" deste registro musical.
Aqui Seu Jorge se retira e Ana desfila com Beatriz, lê Elisa Lucinda, só de sacanagem, canta Tom Zé (Brasil Corrupção) - seu protesto mais do quê justo, declama Mais Que Isso, de Chico César, que pra mim é poesia pura e, claro, canta sucesso também - Garganta.
Jorge Mário volta pra tocar trompete em Vestido Estampado, que também fica lindíssima e depois fecha a festa com O Beat da Beata.
O álbum reúne música boa, diálogos hilários, momentos emocionantes, música de protesto - quem disse que não se faz mais isso? -, versatilidade de ambos os músicos e a vontade de todos que ouvem de estar lá na platéia naquele momento.
Esse fica pra história. E vai ficar tocando aqui em casa um tempão ;-)